Como o Social Commerce (s-commerce) pode mudar o jogo no varejo
Quarenta por cento da população mundial usa redes sociais e, em média, cada usuário passa duas horas por dia atualizando suas plataformas…

Quarenta por cento da população mundial usa redes sociais e, em média, cada usuário passa duas horas por dia atualizando suas plataformas ou interagindo com seus contatos. É assim que se inicia o relatório Tendências das Mídias Sociais 2019, do grupo internacional de pesquisas de mercado Kantar Media.
Os números são superlativos e é evidente que o varejo, em sua busca crescente por soluções digitais de vendas, não poderia ficar de fora desse processo que, apesar de já robusto, apresenta um potencial enorme de crescimento e abre portas para o desenvolvimento de plataformas e descobertas de usos inovadores em prol da conversão de clientes angariados diretamente das redes sociais.
Assim, o social-commerce ganhou um capítulo à parte no relatório da Kantar, onde são apontadas as três principais tendências desse ramo para este ano e os próximos. Talvez a mais conhecida delas seja o Instagram Shopping, solução embarcada na rede social de fotos que deve aumentar em relevância durante os próximos meses, com ainda mais recursos.
Hoje, as marcas podem incluir links para compras em imagens no feed e no Stories. Além disso, a recente aba Shopping na seção Explorar é um campo valioso para marcas adquirirem boa reputação frente ao público que ainda não a conhece ou é cliente fiel. Ela ainda tem um detalhe importante. Liberada em quase 50 países, a aba só aparece para usuários que demonstram intenções de comprar. Ou seja, quem entra ali tem um potencial elevado de estar querendo encher o carrinho. É o espaço para os bons trabalhos aparecerem e ganharem peso.
É essa mesma lógica que está por trás da aposta da Kantar no incremento da importância do Pinterest para compras. Bem atrás em números de usuários ativos do que plataformas como Facebook, Twitter e o próprio Instagram, o Pinterest tem uma vantagem competitiva, segundo o report. Estudo interno da empresa aponta que 87% dos usuários compraram algo a partir dos conteúdos apresentados na busca no site. A frase do gerente de produto do Pinterest, Tim Weingarten, citada no relatório, é interessantíssima:
“Qualquer um pode copiar uma interface de usuário. A diferença crítica é aquilo que não se pode copiar, ou seja, o estado de espírito. As pessoas usam o Pinterest para realizar algo, com um projeto em mente. É quase como uma pré-venda. Você pode decidir alterar sua sala de estar através da nossa interface de pesquisa. Você vê um sofá que você gosta e a partir daí tudo começa a convergir”.
A última tendência é a realização de parcerias entre players do varejo e mídias sociais para potencializar seus ganhos. Como exemplo, é apresentado o novo recurso do Snapchat em que o usuário fotografa um produto e seu código de barras e é redirecionado para a página da Amazon onde é possível comprá-lo. Rápido, exato e sem muito trabalho. É tudo que o público quer hoje.
O S-commerce já é uma realidade e vai crescer muito nos próximos anos. Como tudo que envolve o varejo, o essencial é saber onde e como estar. Mas esse é um papo para a semana que vem.