Como OKRs podem ajudar você a entender a capacidade do seu time
No meu último post, falei sobre algumas vivências em metodologia ágil que visam ajudar times a atingir seus OKRs mais facilmente. Dentre…
No meu último post, falei sobre algumas vivências em metodologia ágil que visam ajudar times a atingir seus OKRs mais facilmente. Dentre algumas considerações, escrevi:
Em algum momento talvez seja interessante parar o cascateamento nas squads. Deixar o time se organizar para como vão chegar naquele objetivo juntos. Isso PODE ajudar em um grande problema da implantação do Scrum/Agile na nossa cultura, que é de não colocar o dedo na ferida nas questões que estão impactando o time, principalmente os colegas do time que não estão entregando como deveriam.
Acho este assunto tão importante que quis escrever um artigo só sobre ele.
Uma das grandes vantagens de se trabalhar com OKRs é que acompanhamos, ao longo do tempo, nosso desempenho em relação a eles. Sem esse acompanhamento frequente, a metodologia OKR não faz sentido. Isso nos força a estarmos atentos constantemente ao quanto podemos entregar — e se estamos trabalhando no caminho certo.
Um exemplo: imagine que seu time, formado por 4 desenvolvedores, tem que entregar 300 funcionalidades de um aplicativo em 3 meses. Bom, isso dá 25 funcionalidades por semana, por 12 semanas. Porém, seu time é formado por 4 pessoas que, juntas, entregam na sua capacidade máxima, 16 funcionalidades por semana.
Nesse caso, qual é o sentido de enxergar a meta como alcançável quando seu time entrega 9 funcionalidades a menos toda semana? Nenhum, certo? Se você quer chegar ao final dos 3 meses com 300 funcionalidades entregues, é óbvio que terá que se mover e entender o que precisa ser feito para que, ao menos, o OKR faça sentido.
É neste momento que algumas perguntas devem ser feitas. Você vai contratar mais desenvolvedores para aumentar a entrega de funcionalidades? Investigar a produtividade do time atual? Enfim, quais serão as ações que você e o time precisarão tomar para que o OKR seja viável?
Outro exemplo: imagine, agora, que o mesmo time esteja trabalhando em dois OKRs em simultâneo. Ao final do primeiro mês de três, você olha para os resultados atingidos e vê que vai ser impossível entregar os dois. Tem hora que não tem escapatória: você terá que priorizar e escolher qual OKR faz mais sentido de acordo com a capacidade do seu time.
Penso que trabalhar com OKRs é sinônimo de tomar decisões importantes a cada semana, justamente para decidir o que será feito a partir de resultados, sejam eles bons ou ruins. Afinal, não são apenas os OKRs que devem ser claros, estratégicos e alcançáveis. A habilidade de identificar pontos falhos deve existir e ser trabalhada ao longo de todo o processo.
Se em nenhum momento alguém do time parar e ser franco, apontando o que não dá para fazer e identificando os gaps de performance, então o verdadeiro valor da metodologia OKR cai por terra. O importante aqui é tomar decisões de acordo com a capacidade do time, entendendo o que é viável e o que terá que ser cancelado ou deixado para outro momento.
Aproveite o acompanhamento semanal dos key results e faça as contas. De maneira transparente, entenda quanto seu time entrega e compare a capacidade com o que seus OKRs demandam. A partir daí, se pergunte o quanto aquela meta faz sentido — se é possível alcançá-la dentro do tempo esperado e como. Na semana seguinte, refaça as contas, e assim por diante. Acredite, isso vai fazer toda a diferença lá na frente, quando o tempo limite do OKR se aproximar.
E você, quais técnicas usa para entender a capacidade do seu time enquanto acompanha OKRs? Conte nos comentários e vamos conversar.